terça-feira, 30 de dezembro de 2008

REFORMA ORTOGRÁFICA...

TREM AZUL postou:
auê na reformaortográfica




Se os portugueses resolverem seguir os gramáticos retrógados, problema deles. Eles são dez é nós brasileiros somos 200 milhões. Palavras do presidente da Academia Brasileira de Letras, sobre a quizumba que vem se formando em torno da reforma ortográfica da língua portuguesa.Antes de tudo é bom lembrar que as mudanças, que entram em vigor dia primeiro de janeiro, são na forma da escrita e não no jeito de se expressar.
Por exemplo, os brasileiros continuarão dizendo que o fulano está esperando o ônibus na fila. E os portugueses que o fulano está a esperar o auto-carro na bicha. Se é para facilitar a compreensão, como vemos, estamos longe de solucionar o problema do vocabulário, do sentido das palavras. Trata-se de igualar a escrita das palavras. E não se tem ainda, por exemplo, acordo sobre o "c" no meio de tantas delas, como facto, acção, etc. Do que se tem falado, a queda do trema é a única coisa que pode ser comemorada como uma oportuna simplificação. O resto, é típico das regras da língua portuguesa: o que temos são regras com exceções, muitas exceções. Vejam o caso do hífen: cai nas palavras formadas por dois substantivos ligados por preposição, com exceção daquelas que referem fauna e flora, como bicho-da-seda, copo-de-leite. Aí vem pé-de-cabra, aquela ferramenta que não é fauna nem flora, então pé de cabra. Pé e cabra são fauna, mas...
São questões que devem ser conversadas.
Um exemplo que certamente trará problema para o entendimento é a supressão do acento na palavra pára, do verbo parar. Vai ficar igual ao para conjunção. Homem pára sessão do tribunal, fica homem para sessão do tribunal, um homem feito para sessões de tribunais. Pois. Mas não fica aí a questão do acento no para e pára. Pára-brisas, pára-quedas, que passam a parabrisas e paraquedas ou, se separados por hífem sem o acento. Não há consenso entre portugueses e brasileiros. As regras vêm sendo estudadas e propostas há vinte anos, especialmente pelo brasileiro Antonio Houaiss e pelo português Lindley Cintra. Ambos morreram...
De resto, o acordo que vale a partir de janeiro no Brasil depende de seguir o que determina o “Vocabulário Ortográfico da Língua Portuguesa”, com prazo para ser feito pela Academia Basileira de Letras até 2010. Em portugal, o prazo é até 2012. Portanto, nesse desacordo da reforma da língua portuguesa o que temos é que se escreve como se quiser, sem estar errado. Com as exceções, claro.
Trem Azul

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